Alma e Espírito

Um dos temas de maior relevância e de grande confusão é a distinção entre Alma e Espírito.

Tal distinção é fundamental para melhor entendimento e compreensão das revelações de nossa origem cósmica e do que somos e porquê somos; não é à toa que este tema, Alma e Espírito, é o título de uma Série de Livros que lançamos, cujos conteúdos constituem-se revelações do grande enredo Cósmico do qual fazemos parte.

Portanto, antes de aprofundarmos outros conhecimentos trataremos deste, partindo da análise da triunidade que forma o “Ser Humano”.

Embora alguns defendam que o Homem seria um ser dicótomo, ou seja, que se divide em duas partes: corpo e alma (ou espírito) – uma vez que os defensores desta teoria unem alma e espírito como sendo uma e a mesma coisa, esta tese não nos parece fazer sentido do ponto de vista da existência cósmica, considerando que além do Espírito – como “ser individual extracorpóreo”, existe uma centelha divina ou um “princípio inteligente do universo” (vide nota da questão 76, Livro dos Espíritos, Allan Kardec).

As escrituras já informavam que o Homem é um ser tricótomo. (1Ts 5.23; Hb 4.12) O termo tricotomia significa “aquilo que é dividido em três”. Uma triunidade composta e inseparável (enquanto “Ser Humano”), formada pelo corpo, alma e espírito.

O corpo humano nada mais é do que um veículo de expressão, a parte tangível, visível e temporal do Homem, que cessa de existir com o fenômeno da morte física.

Alma, identificada no hebraico do Velho Testamento por Nephesh, cujo sentido literal é “respiração da vida”, e no grego do Novo Testamento por Psique, que traduz-se por “parte interna invisível”, se constitui no princípio inteligente que anima o ser, é o princípio da vida.

Espírito, no hebraico é Rhuah e no grego Pneuma, ambos designando “sopro, vento”. O Espírito vem da Alma, transcende dela.

O Espírito é formado por uma matéria translúcida, extremamente leve, que envolve a Alma. Esta, por sua vez, contém a “essência divina”, que abriga o Eu-Consciência.

O Espírito é uma centelha viva de energia que emana uma grande intensidade de luz. Esta centelha de luz expande-se para todos os lados e direções, não se contendo em si mesma. Podemos considerar que esta centelha equivale ao corpo do espírito, uma vez que este não tem forma definida, ainda que se manifeste através de seu perispírito, adotando, em geral, a forma cósmica primária (Adão Kádmon) ou a forma do corpo terreno no qual habitou pela última vez, caso tenha adentrado ao ciclo encarnatório.

Esquema post 2

Já a Alma, como princípio inteligente da vida, é a essência divina do espírito, formada a partir do Fogo Primordial emanado por Deus, sendo constituída somente por Energia-Consciência. A Alma é para o Espírito o seu cérebro, os seus sentimentos, as suas emoções, os seus sentidos, a sua percepção, os seus desejos e o seu conhecimento. É o todo de sua consciência, que não tem idade e nem tempo, pois é a temporalidade em desenvolvimento. A Alma é, principalmente, o registro da Eternidade do Espírito.

A Alma é o princípio da vida e da inteligência, gerando o desenvolvimento do Espírito e o seu crescimento na escala espiritual. A Alma e o Espírito se fundem, tornando-se um só elemento integrado às forças do Universo. E é justamente o grau e a intensidade desta integração que define o nível de evolução, de crescimento e de elevação do Espírito.

A Alma é a vida do Espírito, pois sem ela o Espírito não existe. Em outras palavras o Espírito é o corpo da Alma, enquanto a Alma é a essência, a Luz Sublime do Espírito.

Neste contexto, o corpo humano passou a ser um receptáculo do espírito em função de um episódio cosmogônico que constituiu fato de suma importância na história planetária e que deu início a humanidade que conhecemos.

A descrição deste Episódio e dos motivos pelos quais adentramos à tricotomia do Ser Humano são amplamente debatidos nos livros da série Alma e Espírito e serão objeto de futuras postagens.

Para saber mais sobre estes temas, recomendamos o Livro Um Resgate Histórico, série Alma e Espírito vol. 1, do autor Odil Campos. Acesse: Editora Flor de Lis. 

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